Desaparecidos da luz

A pequena cidade de São Miguel das Flores era famosa por sua calma e forte religiosidade. No coração da cidade, destacava-se a Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, um santuário que, há gerações, acolhia os devotos em busca de consolo espiritual. Entre esses fiéis, estava Clara Mendes, uma jovem de 22 anos, cuja fé católica era tão intensa quanto o silêncio das montanhas ao redor. Clara era uma presença constante na igreja. Todos os domingos, ela chegava cedo para ajudar na organização da missa. Seus olhos brilhavam com uma luz especial enquanto ela rezava, como se estivesse em sintonia com algo grandioso. Para ela, a igreja não era apenas um espaço de oração, mas um refúgio onde encontrava paz e um sentido para sua vida. Naquele domingo pela manhã, Clara sentiu uma energia diferente no ar. Ao entrar na igreja, percebeu que o ambiente parecia mais iluminado do que o normal, como se o sol tivesse decidido brilhar diretamente sobre o altar. Ela viu isso como uma bênção divina e seguiu com suas tarefas, arrumando as velas e organizando os bancos. Mas algo inesperado estava prestes a acontecer — algo que mudaria tudo em sua vida para sempre.